O QUE FAZER PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA

EDUCAR É UM ATO DE AMOR!

A EDUCAÇÃO É O PRINCIPAL ANTÍDOTO PARA COMBATER A DESIGUALDADE SOCIAL.
Luiz Rocha

Função da escola

O desafio das escolas comum e especial é o de tornar claro o papel de cada uma, pois uma educação para todos, não nega nenhuma delas. Se os compromissos educacionais dessas não são sobrepostos, nem substituíveis, cabe a escola especial complementar a escola comum, atuando sobre o saber particular que invariavelmente vai determinar e possibilitar a construção do saber universal.

sábado, 5 de junho de 2010

A ESCOLA MUNICIPAL CASTRO ALVES, HISTÓRICO,

A ESCOLA MUNICIPAL CASTRO ALVES: HISTÓRICO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

No processo de construção da história de Serra do Ramalho, sempre teve lugar de destaque os acontecimentos ocorridos na Escola Castro Alves, já que esta representa o pioneirismo em educação dentro do município. Construída em 1977, teve sua primeira autorização para funcionamento expedida pelo Conselho Estadual de Educação, em portaria do Diário Oficial do Estado no dia 14 de fevereiro de 1978, atendendo a alunos de 5ª a 8ª série do ensino fundamental nos turnos matutino, vespertino e noturno. A escola foi edificada com o objetivo de atender aos alunos de todas as Agrovilas pertencentes ao então Projeto Especial de Colonização de Serra do Ramalho, mantido pelo INCRA , até o momento da emancipação política do projeto, em 1989. Nesse período a Escola era mantida pelo INCRA, que contratava o pessoal em serviço e remunerava através de convênio celebrado com a Prefeitura de Bom Jesus da Lapa.
Dentro do cenário local, a Escola Castro Alves era considerada a principal instituição de ensino, palco de acontecimentos que marcaram a trajetória da comunidade, todos os alunos se deslocavam em caminhões fretados pelo INCRA para cursar a segunda etapa do ensino fundamental. Nesse período é possível se detectar através dos mapas de resultados um elevado índice de evasão e repetência, fruto das dificuldades de acesso dos alunos à Unidade Escolar, levando-se em conta os aspectos geográficos do Projeto de Colonização. No que pode ser chamado período sob administração do INCRA, foi registrada também um fluxo muito grande de gestores e docentes na Unidade Escolar, embora esse fator não tirasse a responsabilidade que a escola tinha na condução da educação Serra do Ramalho.
Após a emancipação política do projeto de colonização, a escola passou a ser administrada pelo município, foi então que houve a expansão da oferta para o então 2º grau, na modalidade de Magistério. Nesse momento atende-se a alunos de 5ª a 8ª série da sede do município e a alunos do 2ª grau da sede e das demais Agrovilas, que se deslocavam em carros fretados pela Prefeitura de Serra do Ramalho. Em 1993, foi celebrado um convênio de sessão de salas entre a Secretaria Estadual de Educação e o Município, agora a escola passava a ser administrada pelo Estado, que podia fazer os investimentos necessários ao funcionamento e também se responsabilizar pela contratação do pessoal em serviço. Tal intento não foi abraçado integralmente pela Secretaria Estadual de Educação, já que havia uma considerada carência de servidores estaduais no município de Serra do Ramalho e a Prefeitura Municipal continuou a ceder o pessoal necessário ao funcionamento da Escola, enquanto a Secretaria Estadual mantinha administrativamente e financeiramente cada ano letivo.
Em 1997 a Escola passou por uma reforma. Foram construídas novas salas de aulas e refeitas algumas instalações. Tal intento propiciou a ampliação da oferta, já que naquele momento registrava-se um inchamento das salas, com superlotações, sobretudo no ensino médio oferecido no turno vespertino, em função da crescente demanda oriunda das demais agrovilas do município. Desse período em diante tornava-se necessário criar extensões de ensino médio em outras agrovilas, sendo a Escola Castro Alves responsável pela manutenção de tal alunado. As primeiras extensões ligadas a Escola Castro Alves foram criadas na Agrovila 06, Agrovila 02 e Agrovila 01. Na seqüência foi necessário se desvincular as extensões da Escola sede em função de dificuldades administrativas para lidar com tal situação. No ano de 1998 é implantado o ensino médio na modalidade de formação geral.
Com a expansão das políticas de financiamento, implementadas pelo governo do estado da Bahia, no ano de 2000 a escola passou a receber os recursos que financiaram os planos de desenvolvimento da escola, fazendo com que ela passasse a gerenciar financeiramente um volume de recursos que possibilitou a implementação de medidas em diversas áreas, sendo que as mais atingidas foram às reformas físicas da Unidade Escolar e a aquisição de materiais pedagógicos. Nesse momento passou-se a ter uma biblioteca dentro da escola, que de destacou dentro do município pela qualidade do acervo a disposição para o público usuário, elevando a qualidade dos serviços oferecidos à comunidade.
Para que fosse atendido um dos objetivos da escola de reduzir a defasagem idade/ série no ensino fundamental, em 2001 foi criado o curso de aceleração no turno noturno, permitindo que alunos com elevada idade pudessem concluir o ensino fundamental em um espaço de tempo menor. A aceleração foi oferecida nas duas etapas finais do ensino fundamental. No ano seguinte, a Secretaria Estadual de Educação mudou a nomenclatura do curso, que passou a se chamar Educação de Jovens e Adultos (EJA), sendo que a Escola Castro Alves ficou responsável pela oferta da EJA I Estágio II, com equivalência de 5ª a 8ª série, cursadas em dois anos. A oferta de um curso para adultos possibilitou o retorno de muitos alunos que haviam abandonado a escola em outros tempos, aumentando e diversificando a clientela da educação de jovens e adultos.
No ano de 2002 foi construída pelo governo do estado da Bahia uma nova unidade escolar com o objetivo de atender somente ao ensino médio. Nesse momento foi feito um redirecionamento dos alunos da Escola Castro Alves, indo todo esse contingente de alunos do ensino médio para a nova escola construída, ficando os de ensino fundamental até então atendidos e abarcando os alunos de 3ª e 4ª séries que pertenciam a Escola Dr. Eduardo Martini. Dessa vez a escola teve que se ajustar aos novos sujeitos e modificar sua proposta pedagógica para a faixa etária agora atendida. Com o ingresso dos alunos de ensino fundamental da primeira fase (3ª e 4ª), foi aberta matrícula para Educação de Jovens e Adultos nessa fase de ensino no turno noturno, recebendo os alunos que vinham dos programas de adultos da Rede Municipal de Ensino. Também vale registrar em 2002 a entrada de 10 professores no curso de licenciatura em pedagogia da Rede UNEB 2000, passando a ter um melhor acompanhamento da dos alunos de 3ª e 4ª série no turno matutino.
A escola funcionou até 2006 em regime de convênio entre a Prefeitura e a Secretaria Estadual de Educação, tendo em média 72 funcionários em serviço na escola, sendo a grande maioria pertencente ao município de Serra do Ramalho. Na estrutura física e pedagógica a escola continua a contar com o apoio da Secretaria Estadual de Educação, entretanto com o reordenamento da rede pública de ensino foi proposto a municipalização da Escola Castro Alves, sendo executado no ano de 2006. Com a consolidação da municipalização, todo o pessoal e patrimônio da Secretaria Estadual de Educação teve que ser remanejado e a escola passou a ser gerenciada totalmente pelo município, inaugurando uma nova fase em sua história.

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