O QUE FAZER PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA

EDUCAR É UM ATO DE AMOR!

A EDUCAÇÃO É O PRINCIPAL ANTÍDOTO PARA COMBATER A DESIGUALDADE SOCIAL.
Luiz Rocha

Função da escola

O desafio das escolas comum e especial é o de tornar claro o papel de cada uma, pois uma educação para todos, não nega nenhuma delas. Se os compromissos educacionais dessas não são sobrepostos, nem substituíveis, cabe a escola especial complementar a escola comum, atuando sobre o saber particular que invariavelmente vai determinar e possibilitar a construção do saber universal.

sábado, 16 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DO REFORÇO ESCOLAR

A IMPORTANCIA DO REFORÇO ESCOLAR


Na maioria das escolas sejam elas públicas ou privadas, é comum a realidade de grande parte dos educandos com enormes dificuldades de aprendizagem, esses alunos se sentem inferiores por não acompanhar o ritmo da turma. É com esse propósito que o reforço escolar vem romper as barreiras da desigualdade de raciocínio, auxiliando o professor a fazer com que os educandos adquiram as competências almejadas. A falta de assimilação do que o professor fala e explica por parte dos alunos, tem gerado um debate de alta relevância, já que a aprendizagem é o ponto chave para o desempenho de tudo. Procurando buscar subsídios para fazer acontecer a aprendizagem, percebeu-se que se precisava de algo diferente capaz de estimular o gosto pela escola. O reforço escolar tem por objetivo a aprendizagem dos educandos em nível de desigualdade com o ritmo da turma, consolidando e ampliando os conhecimentos, enriquecendo as experiências cultuais e sociais, para assim ajudá-lo a vencer os obstáculos presentes em sua aprendizagem.

PARA QUE REFORÇO ESCOLAR

O conhecido “Reforço Escolar” se torna melhor quando é compreendido e identificado como Apoio Paralelo Individualizado. Tal apoio, na verdade, é uma assistência ao aluno, que visa superar as dificuldades sinalizadas e/ou reveladas diante de qualquer área da composição curricular bem como de qualquer tema ou conteúdo em estudo. O Apoio Paralelo Individualizado é decorrente da visão que o educador tem acerca da avaliação da aprendizagem; é um recomeço para se alcançar um objetivo traçado anteriormente. Por isso, o momento certo para intervir, para “reforçar”, assistir paralela e individualmente se torna aparente quando o educador percebe que o aluno não está acompanhando o que está sendo trabalhado. O “Reforço Escolar” é necessário desde a primeira semana de aula, quando o profissional (educador) realiza o diagnóstico da turma. Todo educador deve ter claro o que se pretende trabalhar a cada período, o que é pertinente à faixa etária (série) da turma e, assim, a partir da diagnose, identificar se pode iniciar os conteúdos programados ou se é preciso outro ponto de partida. Em se tratando de uma ou mais crianças com déficit de aprendizagem, o que deve ser planejado é o atendimento individualizado – em horário (dia) diferenciado – para que seja trabalhada a dificuldade do aluno e o mesmo permaneça acompanhando a sua turma no horário normal de aula.

Diante do contexto de déficit de aprendizagem, escola e família devem ser parceiras inseparáveis, mas a realidade acaba por revelar que sempre a escola assume quase toda a responsabilidade. O Apoio Paralelo Individualizado é sempre executado pelo professor e aluno, porém, deve ser sistematizado com a direção e assessoria pedagógica da escola em parceria com os pais. Em casa, a família deve acompanhar a criança no que diz respeito à orientação diante das atividades solicitadas pela escola. Em suma, o RE deve ser realizado em conjunto com os pais, diretoria da escola, professor e aluno. Para concretizar a atividade, é importante que o aluno seja assistido nos momentos individualizados com atividades que favoreçam a superação de suas dificuldades. Se está numa série em que o conteúdo inicial é multiplicação e o mesmo não compreende a adição (juntar quantidades), jamais compreenderá o significado de multiplicar (no sentido de operação). Em situações como essa, é imprescindível o RE (API - Apoio Paralelo Individualizado) para que a criança consiga multiplicar e acompanhar a sua turma e se sinta parte integrante desse grupo.

Para o Reforço Escolar se tornar eficaz, é preciso ser realizado em curtos intervalos. O processo que espera os resultados das verificações da aprendizagem (testes e provas) da unidade, ou semestres, não permite ao aluno a superação das dificuldades e ainda sobrecarrega-o com mais conteúdos. De forma contínua e paralela (avaliação diária), é vantajoso tanto para o aluno quanto para o professor, porque o estudante melhora e o processo de ensino-aprendizagem pode ser dado continuidade, atendendo o objetivo esperado. Porém, se realizado no final do semestre ou por avaliação de unidade, haverá lacunas, pois foi permitido o acúmulo de informações sem significação, por conta da incompreensão diante dos temas anteriores

Para que o reforço escolar tenha êxito, é necessário bastante cuidado como planejamento, definição de metas, escolha de alternativas envolvendo os educandos, e principalmente, como já foi dito, a união de pais escola e comunidade para assim ser uma ação articulada em conjunto. O reforço tem que fazer parte do plano pedagógico da escola e desenvolvido na própria escola pelos professores em um horário diferente do turno das aulas normais, deve ter características diferentes das aulas, más, ao mesmo tempo uma integração entre elas, para que o educando seja estimulado a aprender de forma nova. Durante as atividades de reforço escolar, é possível desenvolver um conjunto de atividades bastante amplo, atividades que interessem os alunos pelo novo, más que faça parte do seu dia-a-dia, dando assim um sentido ao que aprender, assim fazendo com que as atividades aconteçam de forma contínua, ou seja, mesmo que o aluno esteja em casa, na rua, na igreja, etc. ele aprenderá e fará relação do que ver com a sala de aula, pois quando um conhecimento tem sentido na sua vida, se faz relação do conteúdo com o cotidiano.

As avaliações são instrumentos do RE; meios que permitem detectar necessidades de apoio ou não para a criança e o rever das práticas educativas utilizadas pelo professor-educador. O reforço escolar deve ser visto como apoio significativo ao processo educacional e não como ação que impulsiona comparativos entre prós e contras. Até porque não é uma atividade de “banca escolar”, na qual muitas vezes é caracterizado por ensinar à criança as atividades que a escola passou e os pais não têm tempo, paciência ou domínio dos conteúdos. Entretanto, é, sim, um Apoio Paralelo individualizado no qual deve ser trabalhado dificuldades, o que não foi compreendido, o que é um entrave para a criança. Não há necessidade de uma hora por dia, mas uma vez por semana, ou quinzenalmente – de acordo com a quantidade de áreas da composição curricular (só Matemática ou Língua Portuguesa e Ciências), ou temas.

As técnicas devem ser diversificadas de acordo com o(s) tema(s) que necessita(m) de Apoio Paralelo. Porém, diferente do que já vem sendo trabalhado em sala de aula, porque as crianças são diferentes e as informações não chegam da mesma forma para todos. Exemplo: se a criança não compreende pontuação e o tema já foi explanado de forma expositiva no quadro em sala de aula, por diversas vezes, no reforço o professor-educador deve sistematizar situações contextualizadas que evidenciem as pontuações. Não deve simplesmente desejar nesse momento que o aluno saiba nomear cada sinal, mas, sim, que ele perceba os sinais em diferentes textos, histórias, frases, até porque as “pontuações” só existem em contextos e produções. Obs.: se não há identificação, domínio e compreensão em relação aos sinais de pontuação, como esperar que o aluno construa e produza textualmente? Se o Reforço Escolar for compreendido pelo mediador como deve ser, não há dúvida de que dificuldades serão sanadas, habilidades despertadas, aprimoradas e desempenhos visíveis.

O SUCESSO ESCOLAR PELA VIA DO REFORÇO ESCOLAR

Os alunos que participam do reforço escolar sempre apresentam avanços em sua aprendizagem, pois tiveram voltados pra si a atenção necessária para desenvolver-se. Muitas das vezes os regentes de ensino não se preocupam com os alunos com nível de aprendizagem baixa, e vão seguindo ministrando suas aulas como que eles fossem invisíveis, o que piora a situação na maioria, pois as dificuldades são acumuladas e os alunos passam a se ver como incapazes. É nessa proposta que se dá importância da observação dos educandos, o professor precisa conhecer bem seus alunos, para assim identificar as principais dificuldades enfrentadas por eles e descobrir a melhor maneira de barrá-las. São muitas as maneiras de deixar uma aprendizagem mais criativa, jogos, músicas, livros, passeios, histórias, etc. São apenas poucas das inúmeras formas de ludicidar o aprender, e cabe ao educador encontrar a melhor maneira, pois só ele é capaz de conhecer seu aluno.

Professores com boa formação, experiência e um treinamento direcionado fazem toda a diferença no nível de qualidade que um serviço terá. Muitas aulas de reforço escolar são dadas por professores que ainda não se formaram ou que tem formação acadêmica diferente das matérias que ministram. O acompanhamento escolar tem muita importância para o bom desenvolvimento educacional e emocional de muitos jovens e crianças. Principalmente quando ele é encarado como uma proposta integral, onde o aluno é acompanhado e assistido em diversos aspectos. Essa integralidade de assistência só pode ser alcançada quando o professor tem o auxilio de outros profissionais, formando assim um trabalho multidisciplinar. Além da assistência de outros especialistas, é importante que esse professor tenha a sensibilidade de acolher e saber lidar com as sugestões e propostas de seus colegas. Logo, um trabalho diferenciado necessita de uma estrutura onde existam profissionais capacitados, bem selecionados, bem treinados e com assistência adequada

É senso comum relacionar insucesso escolar com reprovações. Diz-se que há um grande insucesso quando as reprovações abundam. A este simplismo se tem reduzida a ideia de insucesso escolar. Será, no entanto, assim? A resposta desde já se adivinha negativa. Na verdade, a problemática do insucesso escolar é complexa e multiforme. Daí uma primeira necessidade, antes mesmo de descrever esta realidade: a de analisar as causas e as relações com outros aspectos da vida escolar e do meio social. O fenômeno "insucesso escolar" não é redutível à sua visualização imediata, devendo ser tomado como algo complexo que resulta de disfuncionalidades presentes no indivíduo, escola e sociedade e ainda da forma como estas três entidades se articulam. O (in)sucesso escolar numa das entidades referidas tenderá a transferir-se para as outras, o que torna difícil discernir e equacionar as suas causas quando nos reportamos apenas a uma delas. Como é evidente, o tipo de conhecimento que se tem sobre um determinado fenômeno irá influenciar, de forma determinante, as políticas tendentes à sua resolução. Para começar é bom que se diga que não existe um, mas vários insucessos escolares. Depende tudo da perspectiva: insucesso em relação a quê? em relação ao aluno ou em relação à escola?

MAS O QUE É INSUCESSO ESCOLAR?

A educação escolar tem como finalidade instruir, estimular e socializar os educandos. Ou seja, visa à aquisição de determinados conhecimentos e técnicas (instrução), o desenvolvimento equilibrado da personalidade do aluno (estimulação) e a interiorização de determinadas condutas e valores com vista à vida em sociedade (socialização). Se algum desses objetivos, que constituem outras tantas dimensões da educação, não é atingido, pode dizer-se que há insucesso na educação escolar. Sendo assim, os dados referentes à percentagem de reprovações no ensino são por si só insuficientes para caracterizar o insucesso escolar. Eles dizem que houve insucesso em relação à instrução, mas não permitem diretamente concluir que este insucesso também se verifica nas outras dimensões educativas. Todavia, não deixa de ser sintomático que muitas análises correntes tomem como elemento de referência do insucesso dados referentes à instrução escolar. Isso revela que na escola é valorizada a instrução em detrimento de uma concepção mais ampla de educação onde a dimensão personalista (formação de uma personalidade equilibrada, estimulação das potencialidades individuais) e a dimensão socializadora (criação de hábitos de cooperação, espírito crítico, participação em decisões comuns) são claramente subalternizadas. Frequentemente acontece que essas dimensões não são tomadas em consideração num juízo global sobre o (in)sucesso escolar, quando realmente elas são essenciais para caracterizar a eficácia do projeto educativo.

Regra geral são sinais indicadores de que educador está perante uma situação passageira, quando o aluno revela sofrimento e desgosto pelo seu fraco rendimento escolar, quando apresenta sintomas depressivos, mas tenta resolver ativamente o problema, pedindo ajuda e se mostra desejoso de aproveitar. Também é um indicador positivo o fato de haver alternâncias no seu rendimento, pequenas melhorias seguidas de recaídas, o que quer dizer que o sintoma não está estruturado rigidamente, pelo contrário cede em determinados momentos. Por outro lado, são sinais indicadores de uma situação que tende a tornar-se permanente, quando, para encobrir o seu fraco rendimento escolar, o aluno não expressa sofrimento e desgosto, antes procura todo o gênero de justificações e desculpas, geralmente não adequadas à realidade. Parece não ter consciência das suas dificuldades, não sabe que há tarefas ou trabalhos a realizar, nem como realizá-los. É incapaz de informar das suas atividades escolares. Não procura soluções nem pede ajuda e, se a tem, não a aceita, tomando sempre atitudes negativas perante qualquer tipo de solicitação ou trabalho escolar. Além disso, não se notam indícios de melhoria, antes o educador enfrenta uma situação permanente com ligeiras variações.

A tolerância da criança à frustração é muito mais fraca que a do adulto. Por isso, perante a depressão ou qualquer tipo de sofrimento, as defesas, geralmente, são muito fortes. As crianças rejeitam o insucesso. No seu comportamento não se vislumbra a sua aceitação. Muitas vezes desviam a agressão para o trabalho escolar, menosprezando-o ou desvalorizando-o, para evitar sentimentos insuportáveis de frustração e de impotência. Com as suas atitudes provocantes ou indiferentes defendem-se de uma depressão muito profunda. A vivência do insucesso escolar é sentida como uma ameaça, como um perigo interior, como uma fonte de sofrimento de que precisa defender-se.

No ambiente familiar costumam ser considerados como confusos, preguiçosos, distraídos, incapazes de concentrar-se nas tarefas que têm de realizar, em suma, sem interesse nem responsabilidade. Essas crianças sofrem, amiudadamente, uma forte pressão ambiental, em que se misturam lisonjas, promessas, ameaças, etc. Na escola reproduzem-se situações semelhantes, acrescidas, regra geral, de problemas de comportamento, de indisciplina, de atitudes e gestos que têm por finalidade o chamar à atenção, etc.

COMPORTAMENTOS TÍPICOS DE ALUNOS COM INSUCESSO ESCOLAR

Segundo Elizabeth Munsterberg, as crianças que têm graves dificuldades de aprendizagem revelam algum dos seguintes tipos de comportamento e, geralmente, dois ou três: 1. Desassossego: hiperatividade, distração. 2. Pouca tolerância à frustração: incapacidade de aceitar um insucesso ou uma crítica, hipersensibilidade. 3. Irritabilidade: pouco controle interior, impulsividade, birras. 4. Ansiedade: tensão, constrangimento. 5. Retraimento: passividade, apatia, depressão. 6. Agressividade: comportamento destrutivo, murros, mordidelas, pontapés. 7. Procura constante de atenção: absorvente, controlador, impertinente. 8. Rebeldia: desafio à autoridade, falta de cooperação. 9. Distúrbios somáticos: gestos nervosos, dores de cabeça, dores de estômago, tiques, chupar o dedo, tamborilar com os dedos, bater com os pés, puxar ou enrolar o cabelo. 10. Comportamento esquizóide: passar despercebido, falar sozinho, contato com a realidade desorganizado e fraco, comportamento estranho. 11. Comportamento delinquente: roubar, provocar incêndios. 12. Autismo: incapacidade de relacionar-se com os outros, inconformista em último grau, procura da satisfação dos impulsos interiores chegando mesmo à rejeição do mundo exterior, inflexibilidade extrema, inadaptação, incapacidade de aprender pela experiência, falta de afeto, incapacidade de comunicar verbalmente.

• Além da repetência e do abandono, são indicadores de insucesso escolar tudo o que é revelador de mal-estar da criança, do adolescente ou do jovem na instituição escolar, bem como o fato de terminada a escolaridade, não se desencadear a capacidade de mobilização dos conhecimentos adquiridos, a curiosidade ou o desejo de conquista de maior cultura, tudo isto mostra que a educação não se cumpriu. Assim, entre outros fatos, o desinteresse pelas atividades escolares, a agressividade exagerada para com os outros elementos da comunidade escolar, as destruições, a delinquência, devem constituir, para a instituição, verdadeiros sinais de alarme. Também são sintomas de que algo não está bem o fato de o estudante não se desenvolver, não atingir o máximo das suas potencialidades, não desejar ou não poder prosseguir nos seus estudos.

• Sair da escola com conhecimentos que se revelam inúteis, seguir um curso de que não se gosta, fazer um trabalho violentado ou não encontrar emprego, são também sintomas que se situam, é certo, no âmbito de um sistema mais vasto, mas é esse sistema de que a escola faz parte e em que intervém com grandes responsabilidades. Por outro lado, "o êxito gera o êxito e o fracasso de hoje prepara o fracasso de amanhã". Com efeito, quando cada um aspira a um reconhecimento positivo do seu valor, e como tal, se o "atestado público" passado pela escola diz que o aluno é bem sucedido, ele vai acreditar nas suas próprias possibilidades. O sentimento de que será capaz vai crescendo dentro de si, a vontade de conseguir se fortalece, as suas aspirações aumentam. Inversamente, se o aluno é reconhecido pela escola como "não tendo êxito" há muitas possibilidades de nele se desenvolver um sentimento de dúvida de si próprio. Por outro lado se o desinteresse é total por parte do aluno, é-lhe indiferente que seja reconhecido ou não, pois o seu objetivo é estar em todos os locais menos na escola.

• Aquele sentimento, que pode ir até uma profunda interiorização de que não é capaz, conduz a uma drástica diminuição de aspirações. Tudo isto tem, obviamente, reflexos no comportamento presente e futuro do aluno. A visão que cada um tem de si próprio e do mundo é profundamente marcada pelo sucesso ou pelo insucesso. O sentimento de frustração, de falta de confiança em si mesmo, por vezes é tão intolerável que força o adolescente ou o jovem a procurar refúgio na droga e mesmo, em casos extremos, na morte. Outras vezes, o aluno procura afirmar-se e demonstrar os seus poderes fora da Escola através de atividades mais ou menos marginais.

INDICADORES DO INSUCESSO ESCOLAR - INTERNOS

É possível dividir os indicadores do insucesso escolar em indicadores internos e indicadores externos, consoante se localizem intrinsecamente ou extrinsecamente em relação ao aluno. • A repetência: inexistente em grande parte dos países europeus. Mesmo naqueles em que se utiliza, sob diferentes modalidades, como processo de recuperação, é vista como um mal necessário e, sobretudo, como um indicador de insucesso; • Os resultados dos exames: se a tendência atual é a de reduzir a frequência de exames dentro da escolaridade obrigatória, nalguns países é o exame que permite a obtenção dum diploma e/ou o prosseguimento de estudos; • A distribuição dos alunos por diversas vias: tem por base as diferenças de nível entre os alunos; • O atraso escolar: correlação entre a idade do aluno e o ano de estudo que frequenta; • O absentismo: quando resultante do desagrado pela escola; • O abandono: frequentemente traduz a rejeição da escola por parte de quem se sente excluído por ela; • O sentimento pessoal: a auto-imagem de insucesso que o quotidiano escolar vai ajudando a construir e que muitas vezes precede qualquer dos indicadores antes referidos.

INDICADORES DO INSUCESSO ESCOLAR - EXTERNOS

A distribuição dos alunos pelos cursos pós-escolaridade obrigatória, fenômeno semelhante ao que se verifica quanto às vias paralelas na escolaridade obrigatória. O acesso a determinados cursos é condicionado pelos resultados anteriormente obtidos e mesmo a preferência por uma via profissionalizante é vista como sinal de insucesso. • Dificuldades de inserção na vida ativa, que podem também traduzir o desajustamento da preparação proporcionada pela escola às exigências do mundo de trabalho. • Desemprego dos jovens que, embora utilizado como indicador de insucesso, não deixa de também significar falta de emprego e inadequação das formações às necessidades do mercado de trabalho. • O trabalho precoce dos jovens. Com razões diferentes consoante ao contexto social, é ao mesmo tempo causa e indicador de insucesso. • Analfabetismo, iletrismo. De notar a frequência do fenômeno do iletrismo em países de elevado nível de desenvolvimento. • A delinquência, o abuso de drogas. Indicadores que levam à tomada de medidas no sentido de permitir o desenvolvimento da escolaridade num clima de serenidade. Todavia, se é relativamente fácil encontrar alguns indicadores visíveis do insucesso escolar, mais complicada é a questão de analisar as causas e a natureza deste fenômeno.









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