O QUE FAZER PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO PÚBLICA

EDUCAR É UM ATO DE AMOR!

A EDUCAÇÃO É O PRINCIPAL ANTÍDOTO PARA COMBATER A DESIGUALDADE SOCIAL.
Luiz Rocha

Função da escola

O desafio das escolas comum e especial é o de tornar claro o papel de cada uma, pois uma educação para todos, não nega nenhuma delas. Se os compromissos educacionais dessas não são sobrepostos, nem substituíveis, cabe a escola especial complementar a escola comum, atuando sobre o saber particular que invariavelmente vai determinar e possibilitar a construção do saber universal.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

O PROCESSO NO ENSINO APRENDIZAGEM


A educação escolar tem sido objeto de profundas reflexões e mudanças nas últimas décadas. Estamos em plena época de desconstrução de paradigmas ligados ao sistema tradicional de ensino centrado na figura do mestre como único detentor de conhecimentos científicos e do aluno como mero receptor dessas informações.

Todos sabemos que não há receita pronta no processo de aprendizagem do educando, pois cada um tem o seu tempo, sua forma singular de abstrair o conhecimento, mas nos educadores devemos compartilhar as nossas estratégias metodológicas pois, vale a pena e, se usarmos de criatividade, as sugestões poderão de algum modo contribuir para a tarefa de educar.

Diversas são as teorias que tratam do processo de aprendizagem. Cada uma delas, com as suas especificidades, nomenclatura e todas com o objetivo de subsidiar a prática de profissionais de diferentes áreas do conhecimento ligadas ao universo educacional.

As crianças são naturalmente dispostas a aprender desde muito cedo. Elas apresentam tendências ou inclinação positiva para obter e usar muitos tipos de informação. São particularmente interessadas em conceitos fisiológicos, biológicos, conceitos de causalidade, de números e de linguagem. Chadwick (2002, p. 21).

Jean Piaget, biólogo suíço que durante mais de 50 anos analisou o psiquismo infantil, concluiu que as crianças constroem, ao longo do processo de desenvolvimento, o seu próprio modelo de mundo através de sua ação e do modo pelo qual isto se converte num processo de construção interna, ou seja, de formação de uma estrutura mental em constante expansão correspondente ao mundo exterior.

Conforme a teoria piagetiana, o desenvolvimento é um processo que se desenvolve em etapas seqüenciais para todos os indivíduos; entretanto a cronologia dessas etapas pode ser diferente, ou seja, podemos encontrar três crianças com a mesma idade, por exemplo, com cinco anos, mas em variados níveis de desenvolvimento. Essa diferença pode ser observada em qualquer faixa etária e requer do professor uma atenta observação para que seja possível oferecer à criança o tipo de ensino adequado às suas habilidades.

Nas ultimas décadas vários teóricos educacionais têm apresentados suas teses como solucionadoras do processo que leva ao educando a tomar posse do conhecimento. Apresentando métodos pedagógicos que foram chamadas de tendências pedagógicas que na verdade até conseguiram reduzir a repetência escolar, mas não foram suficientes para melhorar a qualidade do ensino no Brasil que diga se de passagem que a educação brasileira ocupa um dos pores índices no ranking de aprendizagem no cenário mundial.

Os níveis de desenvolvimento seguem padrões determinados biologicamente, portanto devem ser respeitados pelos educadores, uma vez que estabelecem “limites” ao que uma pessoa pode aprender em cada etapa. Por outro lado, é possível ensinar a crianças de qualquer idade ou nível muitos conceitos, inclusive habilidades mais complexas, desde que sejam encontradas formas adequadas que lhes permitam estruturar esses conceitos e habilidades. Sendo assim, os níveis de desenvolvimento determinam as formas e níveis de abstração em que a aprendizagem acontece.

Em sua maioria, os alunos do ensino fundamental – dos 7 aos 15 anos – estão em processo de evolução de um estágio onde veem o mundo de forma concreta<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]--> para outro em que desenvolvem capacidades intelectuais para pensar o mundo e compreendê-lo de forma mais abstrata.

Os professores devem observar essas diferenças para que possam ajustar as formas de apresentação de novas informações e aumentar a probabilidade de aprendizagem de seus alunos, à medida que diversificam as suas estratégias de ensino.

Cabe aos professores incentivar o processamento das novas informações de forma mais pausada, para que os alunos se habituem a recuperar os dados que já possuem de forma reflexiva; acostumem-se a parar um pouco, preparem-se para responder, examinem a pergunta com mais cuidado para certificarem-se de que a entenderam. Não se trata de uma tentativa de mudar o estilo de aprender de cada um, mas de criar estratégias de aprendizagem baseadas na reflexão, no pensamento organizado.

Assim como os estilos, as pessoas têm ritmos diferentes para aprender. Umas precisam de mais tempo do que outras. Até um mesmo aluno pode necessitar de mais tempo para aprender determinadas disciplinas ou um tema de disciplina específica.

No modelo tradicional de aula expositiva, tudo era feito ao mesmo tempo e da mesma forma para todos os alunos. Ao apresentar atividades variadas, trabalhos individuais, em duplas ou em grupos, o professor contempla os diferentes ritmos de aprendizagem de seus aprendizes, já que cada um conseguirá finalizar o trabalho proposto de acordo com as suas próprias habilidades.

Uma vez que a mesma informação é tratada de maneiras diferentes pelas pessoas, é preciso adotar formas variadas de ensinar. Mudando a forma de apresentação, pode-se mudar o ritmo. Como o tempo dos alunos na escola é limitado, mais eficaz para a aprendizagem, além variar as formas de apresentação das informações, é fundamental dar estrutura, apoio, ensinar o mesmo conteúdo de formas diferentes, favorecendo mesmo os que precisam de mais tempo para aprender. O ideal seria que os currículos fossem organizados de maneira que todos os alunos pudessem alcançar seus objetivos dentro do espaço determinado pelo ano letivo. O grande desafio consiste em adotar estratégias que contemplem a totalidade dos alunos, sem desestimular os mais lentos, nem deixar os mais rápidos sem atenção.

“O que o professor faz na sala de aula depende, fundamentalmente, de suas crenças a respeito de como os alunos aprendem”, ressaltam Oliveira e Chadwick (2002, p. 265.). O conhecimento que o professor tem sobre os saberes de seus alunos e sobre suas formas de aprender são determinantes para a definição de como ensinar.

A escolarização é um processo que transcende os limites da sala de aula, estendendo-se a muitas outras atividades que acontecem na escola e que também transmitem conhecimentos, valores e atitudes considerados importantes. A própria sala de aula tem passado por significativas mudanças em sua dinâmica, à medida que os conhecimentos sobre como as pessoas aprendem e as tecnologias disponíveis para a promoção desse conhecimento avançam. Por sua vez, o professor deve ficar atento às transformações que vêm ocorrendo dentro e fora da escola, inclusive as relacionadas às novas formas de ensinar, de aprender e, sobretudo, aos novos e mais desafiadores papéis do professor. Uma pesquisa realizada pela UNESCO, em 1998-2000, em mais de 20 países da América Latina, constatou que a variável que mais afeta a aprendizagem dos alunos é o clima da sala de aula. Um ambiente positivo, em que o professor cria uma atmosfera de respeito, ordem, colaboração favorece, e muito, o ato de aprender.

Nós aprendemos de várias formas, mas as duas mais tradicionais e mais usadas para a aprendizagem escolar são ouvir e ler. Embora tenham conhecidas limitações, também possuem enormes virtudes. A maior delas é que são relativamente simples e flexíveis, podendo contemplar um grande número de conhecimentos e tipos de aprendizagem.

Não é por acaso que a maior parte do que aprendemos vem da leitura e do ato de ouvir outras pessoas falarem, contarem histórias, de darem aulas. Podemos aprender de forma consciente ou inconsciente, observando, pensando, ouvindo, lendo, experimentando, por ensaio e erro, ou seja, nem sempre temos a intenção de aprender alguma coisa. Já o ensino é, sempre, intencional e, por isso, precisa ser cuidadosamente planejado e ministrado. Tem por objetivo ajudar o aprendiz a assimilar e estruturar os novos conhecimentos da forma mais eficiente e eficaz.

Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não um aprender mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que se faz e por que se faz. Muito menos um aprender que se esvazia em brincadeiras. Mas um aprender significativo do qual o aluno participe raciocinando, compreendendo, reelaborando o saber historicamente produzido e superando, assim, sua visão ingênua, fragmentada e parcial da realidade.

A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO – APRENDIZAGEM

A escola necessita da participação positiva dos pais na vida escolar do aluno e na comunidade. É preciso passar aos filhos suas obrigações familiares e escolares, para que uma vez na escola ele saiba valorizar o que recebe e aprende.

As escolas não estão conseguindo formar dignamente um profissional, tampouco um cidadão. Um cidadão não se forma sozinho, ele passa pela cidadania familiar pela cidadania escolar, daí a importância participativa da família na vida do aluno.

A dificuldade em aprender a ler e escrever nos primeiros anos da educação do educando bate de frente com a escassa participação e compreensão dos pais quando seus filhos têm dificuldades escolares e vê-se que isso tem um fator familiar. É difícil demonstrar aos pais que determinada dificuldade e/ou comportamento do aluno é resultante de algo que acontece em casa e basta uma conversa com a criança que sua situação mudará.

No entanto é necessário que o professor conheça o processo de pensamento do aluno, apresente problemas que lhes pareçam interessantes, o que significa sondar o nível de desenvolvimento da criança para, a partir daí, planejar o ensino.

ESTILOS DE APRENDIZAGEM

As pessoas têm diferentes formas de pensar, de aprender; leem, escutam, estudam de maneiras diversas. Sendo assim, cada aluno desenvolve formas próprias para receber e processar novas informações. Essas diferenças modelam os estilos de aprendizagem. Há pessoas que preferem estudar lendo; outras, ouvindo o professor e outras, ainda, escrevendo. Algumas gostam de pensar por longos períodos de tempo sobre o que estão aprendendo, de maneira a relacionar a nova aprendizagem com o que já sabem a respeito do novo tema. Portanto, as preferências referem-se tanto à forma de receber quanto de processar a informação.

No entanto se faz necessário que o professor conheça o processo de pensamento do aluno, apresente problemas que lhes pareçam interessantes, o que significa sondar o nível de desenvolvimento da criança para, a partir daí, planejar o ensino.

Os professores devem observar essas diferenças para que possam ajustar as formas de apresentação de novas informações e aumentar a probabilidade de aprendizagem de seus alunos, à medida que diversificam as suas estratégias de ensino.

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